domingo, 14 de outubro de 2012



Colo estrelas no teto.

Escapo ilesa. Três vezes a beira da morte por excesso de amor.
Sou uma recruta na tardança da pia batismal, espetando o fura-bolo na roda antiga do tear.

Há meses, prometi numa conversa corriqueira de portão, à garotada da rua que, realizaríamos em casa, um sarau para eles. Já havia acontecido outros encontros; feitura de lanche, trocas de livros, escutação de cantiguinha boa... Mas nada comparado ao recital de poesia puxado em suspiros na tarde de hoje na sala de casa.
Uma efusão de bem sem paga. Riso e silêncio, sol e paiol de estórias, livros folheados, disputados e lidos, autores conhecidos, palmas, bis e palmas!
Continuo tão menina quanto velha. Beradeira de roça a copiar versos no caderno de matemática.
Sou toda esperança humanizada. Melodia e conceito.
As palavras ainda que úmidas e impregnadas de sono não rolam num rio difícil, são invocadas por anjos que as soletram sorrindo e, as transformam em certezas.
Deus seja Louvado!

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